Como cada vinda do Yunus ao país gera uma expansão de consciência sobre impacto e novas possibilidades de inovação socioambiental se desdobram
Yunus Negócios Sociais celebra seu 10º aniversário com a vinda do nosso querido Prof. Yunus ao Brasil, com uma celebração potente de uma trajetória muito bonita no país. A cada visita, temos a chance de refletir sobre a evolução e desenvolvimento de nossa jornada de impacto e maturidade dos ecossistemas de impacto.
1a Volta — Ousadia de Imaginar
A visão de negócio social do Yunus foi um dos primeiros estudos que investi na minha jornada como inovador/empreendedor de impacto, em paralelo ao desenvolvimento de habilidades de facilitação de diálogos. Quase que simultaneamente tive a minha primeira experiência com o Art of Hosting e fiz o Grameen Creative Lab no 1o semestre de 2012.
Ambas habilidades e mentalidades me ajudariam a ser útil coletivamente e ampliar minha capacidade de aprendizagem em rede, pois foi através do HUB Rio que tivemos a primeira vivência de comunidade de prática e possibilidade de desenvolvimento de vocação de facilitação. Uma iniciativa com objetivo de trazer um espaço de coworking com foco em inovação socioambiental para a cidade em um momento de discussão dos eventuais legados de Copa do Mundo e Olimpíadas para o Rio.
Esse processo e experimentação, foi importante para perceber que o equilíbrio de vocações é algo fundamental para uma comunidade de prática florescer: consultores, empreendedores, facilitadores, educadores e netweavers — a principal estratégia de impacto de um coletivo como esse foi o fortalecimento de rede no Rio e o aprimoramento de mentalidades e habilidades para geração de impacto.
“Tudo que o mundo precisa é de atitudes solidárias, que promovam pequenos gestos que amanhã, com esforço e determinação, se tornarão grandes iniciativas em função de um mundo mais justo e sustentável”, Muhammad Yunus na #Rio+20
Em junho de 2012 tivemos a honra de recebê-lo em sua 1a visita ao Rio, em um evento promovido no Instituto PARES pelo Movimento Buena Onda e RIO+ junto a executivos e interessados em Social Impact Investment no espaço onde os encontros do Hub Rio aconteciam
Tivemos uma experiência única de visita ao Dona Marta e ouvi-lo sobre o paralelismo de desafios entre Brasil e Bangladesh, sua visão sobre negócios como driver de solução de problemas e desigualdades sociais, mas nesse primeiro momento o que mais me impactou foi a apresentação de um conceito:
SOCIAL FICTION
“Para superar a pobreza e as falhas da crise econômica em nossa sociedade, precisamos imaginar nossas relações sociais. Temos que liberar nossa mente, imaginar o que nunca aconteceu antes e escrever essa ficção social. Precisamos imaginar coisas para que aconteçam. Se você não imaginar, isso nunca acontecerá.”
Yunus argumenta que muitas dessas concepções e entendimento de negócios são baseadas em premissas falsas ou desatualizadas e, portanto, o que consideramos como paradigma são meras “ficções”. Elas podem ser limitantes, perpetuando sistemas e estruturas que mantêm certos grupos de pessoas e segmentos da humanidade em desvantagem.
2a Volta — A Potência de empreender em Rede
A vivência e co-construção na Goma nos trouxe também a motivação de que todo empreendedor(a) da nossa rede tinha como objetivo prosperar através de suas teses de mudança e modelos de impacto, sempre com olhar colaborativo. Esse diferencial foi responsável pelo desenvolvimento de musculatura da GOMA para um quociente de “empreendedorismo em rede” acima da média. Bem diferente do abordagem “copy paste” do Vale de Silicio onde trajetórias individuais egoicas e pitchs de elevador e incubação e VCs lhe catapultariam a serem os próximos unicórnios.
Em nosso ecossistema sempre fez mais sentido Viver com os Rinocerontes
A Goma desenvolveu a capacidade de experimentar e antever padrões de mercado e a atenção das próximas ondas de inovação e tendências relacionadas ao que hoje chamamos de ESG, triplo impacto e engajamento de múltiplos stakeholders.
Uma abordagem do empreendedorismo em rede que destacou a riqueza e a diversidade de conhecimentos, práticas e metodologias. Esta abertura proporcionou uma troca enriquecedora com outros espaços colaborativos e ecossistemas de impacto que floresciam no Brasil na época. A atuação coletiva da Goma não apenas potencializou nossa reputação no ecossistema B, mas também nos consagrou como o espaço físico regional com a maior concentração de empresas B no Brasil (e na América Latina). Também marcamos forte presença na “Comunidade B Rio”, uma união de empresas B mais engajadas do país. Para saber mais sobre abordagem regional e influência no fortalecimento Multiplicadores B
Um dos nossos emblemáticos projetos na Goma foi o Rio+B, que buscou incentivar empresas e redes de negócios a avaliar e conscientizar-se sobre seu impacto socioambiental. O objetivo era engajar o setor privado com olhar territorial em uma agenda de sustentabilidade compartilhada para a cidade do Rio de Janeiro.
Em 2015, como parte dessa iniciativa, tivemos a honra de receber em nossa sede o Prof. Yunus, intermediado por Tomás de Lara. Em seu retorno, a mensagem de Yunus foi contundente e clara, servindo como uma clara provocação para todos nós:
TODOS PODEM SER EMPREENDEDORES
O empreendedorismo é uma característica intrínseca a todos os seres humanos, e não algo restrito a um grupo seleto de indivíduos talentosos. Esta inclinação inata nos capacita a identificar e solucionar desafios, em particular aqueles de natureza socioambiental interligados, através de inovações que harmonizam lucro, impacto social e sustentabilidade. Ao mobilizar comunidades locais e forjar alianças com variadas organizações, incluindo ONGs e governos, os empreendedores potencializam seu impacto, assegurando soluções que são ao mesmo tempo pertinentes e revolucionárias para a sociedade.
AQUÁRIO NO AÇÃO CIDADANIA
Em colaboração com Ação Cidadania, Up Line (um salve para Marcella Mugnaini e Renne Nunes) e Yunus Negócios Sociais, organizamos um evento aberto no centro do Rio de Janeiro, atraindo mais de 2 mil participantes. Fomos honrados e desafiados a empregar a metodologia do Aquário, permitindo uma interação mais profunda e aberta com Yunus, indo além do tradicional formato de perguntas e respostas.
A metodologia do Aquário é uma abordagem de diálogo em grupo, plural e democrática. As participações são estruturadas em formações concêntricas. Esta configuração não é meramente estética: ela está diretamente ligada à essência participativa do método. No centro, um círculo formado por cinco a oito cadeiras constitui o “aquário”. Ao redor dele, são formados outros círculos concêntricos com cadeiras, cujo número é flexível. A ideia é permitir uma dinâmica de diálogo fluida, onde os participantes possam ouvir e ser ouvidos de maneira equitativa.
Até hoje é o nosso recorde institucional de facilitação de diálogos ❤
3a VOLTA — 10 ANOS DEPOIS UMA REFLEXÃO SOBRE DESAFIOS PARA OS CHANGEMAKERS NA ÚLTIMA DÉCADA
As reflexões de Yunus durante o evento se mostram assertivas e desafiadoras, abordando questões estruturais com uma elegância sóbria e provocadora. Ele não apenas inspira do ponto de vista motivacional, influenciando jornadas de impacto de agentes de mudança globalmente através de seus livros, palestras, presença serena e alinhamento de um monge. Yunus também traz críticas profundas sobre a maturidade cultural dos negócios e o papel das marcas na sociedade, especialmente em tempos de intensas turbulências socioambientais que enfrentamos como civilização.
PERSPECTIVAS ATRAVÉS DOS DESAFIOS PANDÊMICOS
Ele reforçou em alto e bom som sobre como perdemos uma oportunidade de repensar e desenhar nossas cadeias de valor e modelos de negócios a partir dos desafios da pandemia e seguimos mantendo modelos que prosperam com mortes, desastres e escassez, “alugando soluções” em um sistema baseado em maximização de lucros e construção de reputações institucionais pouco engajadas de fato com mudanças estruturais.
Ele afirma que é hora de admitir que o motor capitalista está quebrado — que, em sua forma atual, o sistema leva inevitavelmente à desigualdade desenfreada, à obsolescência e desemprego em massa e à destruição do meio ambiente. Precisamos de um novo sistema econômico que desperte o altruísmo, tornando-o uma força criativa tão poderosa que supere os interesses pessoais e institucionais.
Saúde e Farmacêuticos
Seu principal argumento abordou a guerra de patentes e a comercialização das vacinas contra o Covid. Yunus questiona a direção de nossas futuras teses de impacto, argumentando que desafios dessa envergadura deveriam impulsionar soluções voltadas para o bem comum. No contexto das vacinas, ele defende uma abertura radical das fórmulas e dos meios de produção. Isso minimizaria a disparidade na luta contra a pandemia entre países, refletindo um verdadeiro compromisso em resolver problemas como o principal objetivo dos negócios.
Inspirados pelos cenários que provavelmente emergirão nos próximos anos, uma vez que epidemias e pandemias são também consequências de desequilíbrios climáticos e ambientais, eles estão lançando uma nova unidade dedicada a Negócios Sociais Farmacêuticos. Esta iniciativa segmentada tem como foco salvar vidas e criar negócios voltados para a solução de problemas, especialmente aqueles relacionados à democratização do acesso e ao desenvolvimento de soluções compartilhadas na saúde.
Formação de novos agentes de mudança, novas referências e incentivos aspiracionais
A forma como inspirarmos novos empreendedores ainda é por lucro/reconhecimento e não sobre quais desafios podemos resolver. Ele considera que a academia tem um papel fomentador desses estigmas e convida as instituições acadêmicas a darem mais espaço e investir no interesse pela solução de desafios, compartilhando mentalidades e abordagens mais alinhadas ao espírito do tempo.
Ele também destacou o trabalho do Centro de Inovação Acadêmica, que tem construído uma robusta rede de colaboração. Até o momento, 105 universidades já estabeleceram parcerias, obtiveram certificações e estão promovendo MBAs e formações de Impacto ao redor do mundo.
Esporte como driver inclusão e transformação social
Prosseguindo com sua provocação sobre como experimentar novas maneiras de gerar impacto sistêmico, Yunus compartilhou o case do Yunus Sport HUB em colaboração com o Comitê Olímpico Francês. O projeto envolve a construção de vilas olímpicas funcionais com uma forte inclinação à inclusão social. A infraestrutura dessas vilas não se limita ao período dos jogos, mas foca nas transformações reais do território tanto antes quanto depois do evento. Uma característica notável desse projeto é a contratação de cadeias de valor e fornecedores que incluem públicos marginalizados e vulneráveis, integrando-os à cadeia produtiva ao longo de um ciclo olímpico.
A próxima Olimpíada de Inverno em Milano-Cortina também convidou a equipe do Yunus, para moldar sua edição com base no conceito de negócio social. A proposta é adotar uma abordagem mais sustentável e regenerativa, em vez de simplesmente investir em instalações olímpicas que, muitas vezes, acabam sendo abandonadas após o evento. A ideia é criar legados que tenham utilidade pública contínua e que impulsionem o desenvolvimento territorial, garantindo um impacto duradouro e positivo na região.
INSIGHT SOBRE O ÚLTIMO LIVRO
Sonho utópico? De forma alguma. Ao longo da última década, milhares de pessoas e organizações abraçaram a concepção de Yunus para um novo modelo capitalista e lançaram negócios sociais inovadores, projetados para atender às necessidades humanas ao invés de visar o mero acúmulo de riquezas.
Levam energia solar a milhões de lares em Bangladesh; transformam milhares de jovens desempregados em empreendedores que recebem investimentos; financiam empresas controladas por mulheres em cidades norte-americanas; trazem mobilidade, moradia e diversos serviços a pessoas pobres da zona rural da França; e criam uma rede global que apoia jovens empreendedores na abertura de startups com essa vocação.
Em Um mundo de três zeros, publicado pela editora Voo (também empresa B que temos muita admiração), Yunus descreve a civilização derivada dos experimentos econômicos que seu trabalho inspirou. Ele explica como empresas globais como McCain, Renault e Danone se envolveram com o novo modelo econômico por meio de grupos de ação social próprios, detalha as engenhosas ferramentas financeiras que hoje financiam negócios sociais e oferece um esboço das mudanças legais e regulatórias necessárias para dar impulso à próxima onda de inovações orientadas por questões sociais.
REFLEXÕES E ESPELHAMENTO COM MOMENTO DA DECAH
Desta vez, nem eu nem Marcos pudemos comparecer presencialmente ao evento em SP (acompanhamos online), mas Pedro Telles marcou presença. Um incrível reforço ao nosso time que assume o papel Head de Novos Negócios, após ter vivido experiências importantes dentro do Sistema B e como Head de Sustentabilidade da MOVIDA (empresa B de capital aberto).
Essas provocações do Prof Yunus reverberam em nós uma sensação incrível, de que seguimos por caminhos coerentes e em segmentos importantes. Esses são precisamente os setores onde Yunus Negócios Sociais busca fazer a diferença, o que nos traz a certeza de que estamos no rumo certo, explorando áreas de impacto significativo e com possibilidade transformação social.
1- Nos últimos anos realizamos projetos relacionados a Esportes: como a construção da proposta de valor do Clube Laguna (primeiro time de futebol Vegano do país) e facilitação do Papus Globo Esporte, uma iniciativa que aborda o esporte como uma poderosa plataforma para inclusão e transformação social.
2- O nosso laboratório de impacto integrado como fortalecimento de cultura ESG como Driver de Negócios que usa as JOIAS: Jornadas de Impacto e Aprimoramento Socioambiental, metodologia compostas por frameworks que auxiliarão no diagnóstico de processos e cocriação de estratégias e práticas ESG.
Em 2024, aprimoraremos significativamente as JOIAS 2.0, integrando os mais relevantes indicadores e parâmetros nacionais e internacionais. Esta atualização expandirá as funcionalidades já presentes na BIA, incorporando padrões reconhecidos como GRI, SASB, ISO, GHG, ISE, CSA, Circulytics e SROI. Essa expansão será especialmente benéfica para empresas de capital aberto ou aquelas em processo de lançamento de IPOs, oferecendo ferramentas e conteúdos mais robustos e abrangentes.
Estamos unindo a mensuração integrada das teses de impacto aos principais assessments, utilizando o aprendizado em rede como estratégia-chave para ampliar nosso impacto e apoiar a formação contínua.
3- Comunidades de práctica como catalisadores de transformação pessoal / profissional
Se todos têm potencial para se tornarem empreendedores socioambientais, precisamos cuidar para que cada vez mais agentes de mudança possam encontrar experiências e redes de apoio nessa jornada.
Uma atuação nessa abordagem que temos muito orgulho é a concepção inovadora currículo da Jornada Formativa dos Multiplicadores B, incorporando não apenas um redesign e atualização da grade curricular, mas também facilitando e instrumentalizando nossa metodologia JOIAS na seção prática do programa, o Lab de Impacto. Neste laboratório, os Multiplicadores participam ativamente do diagnóstico e da cocriação de estratégias focadas em impacto e ESG. Desde 2021, já capacitamos mais de 300 novos multiplicadores B e impulsionamos 50 negócios sociais nas três turmas mais recentes.
Para 2024, planejamos expandir significativamente nossas colaborações, engajando em mais parcerias com diversos ecossistemas de impacto. Além disso, intensificaremos o compartilhamento de conhecimentos e experiências através de nossa comunidade de prática, voltada para estrategistas de impacto. Este grupo será especialmente focado em profissionais que desejam replicar profissionalmente a metodologia JOIAS 2.0 em suas áreas de atuação.
Transformação Social em destaque
O painel que mais me tocou no evento foi o de transformação social (para vê lo na íntegra) com mediação da Greta Salvi (@gretasalvi) da Latimpacto (@Latimpacto) e com ótimas reflexões e trajetórias incríveis da Mafoane Odara (@mafoane) diretoria de Pessoas, Cultura e Transformação da ZAMP, Toni Marlon (@tonymarlon) criador da A Terceira Margem da Rua (@aterceiramargemdarua) e Jéssica Rios (@jessicasilvarios_) Membra do Comitê ESG do @grupofleury, conselheira do Pacto da Equidade Racial e cofounder da Black Women Investment Network (@blkwin) a primeira plataforma no Brasil que apoia mulheres negras a se tornarem investidoras-anjo.
Quando perguntados sobre o que era transformação social para cada um, ouvi respostas que reverberam muito com nossa jornada, valores e práticas. E como é bom ver esses entendimentos nas mentes e corações de vários outros de nós, agentes de mudança nessa caminhada ❤
Mafoane sintetizou em 3 perspectivas muito potentes: Primeira delas é colaboração, a segunda é de que precisamos aprender a construir diálogo com pessoas que são muito diferentes de nós e a terceira tem a ver com o nosso papel e a nossa corresponsabilização e terminou citando Jurema Werneck (@juremawerneck) que defende que os ativistas são aquelas pessoas que colocam esperança em movimento.
Marlon comunicador popular com uma lírica maravilhosa e imagética (que meus neurônios celebram), definiu que ampliação de repertórios são funções fundamentais da transformação social, mas que os Saltos Imaginativos são a capacidade e habilidade que temos de fazer com que alguém consiga imaginar 20, 30 anos lá na frente e refletiu sobre como a capacidade de criar nomes e significados às coisas, tem esse poder inventivo e inspirador.
Para Jess transformação social é sobre a possibilidade de ocupar e democratizar espaços como um exercício prático intencional, um compromisso coletivo para que não naturalizemos anomalias, injustiças, má distribuição de oportunidades ou afunilamento de privilégios ao nosso redor.
É encantador ver como uma das principais protagonistas de Impact Investment do país, articula reflexões sobre iniquidades e necessidades de provocações sistêmicas sobre o papel das mulheres dentro do segmento empreendedor e de como se distribui mal investimentos em fundadoras de novos negócios e startups.
Ao final de sua fala Jess apresentou o lançamento de um Relatório inédito do ICE e da ANDE, desenvolvido pela DIMA e Blackwin, que mostra às gestoras de venture capital o potencial de incluir em seus cálculos a lente da diversidade.
“Este estudo mapeou as principais referências globais em estratégias de investimento inteligente em diversidade. E reúne ferramentas para serem adotadas por investidores, além de propor reflexões para estimular o compromisso contínuo dos gestores” afirma Jess.
“A cartilha visa apresentar um conceito e um referencial de passo a passo para a integração da diversidade e da equidade nas gestoras de investimentos. Partindo do conceito “investimento com lentes de gênero”, definido pela Investing in Women como “a incorporação deliberada de fatores de gênero na análise e nas decisões de investimento para melhorar resultados sociais e de negócios.” E aprimorando a adoção de uma abordagem interseccional, sobretudo em aspectos raciais, dado o contexto sociodemográfico brasileiro e de outros países racialmente desiguais, produzindo assim o conceito Investimento Inteligente em Diversidade (em inglês, Diversity Smart Investing).”
O Brasil por exemplo é uma das 10 maiores economias do mundo e também está na lista dos 10 países mais desiguais.
Onde queremos estar daqui a 10 anos ?Como anda a nossa capacidade de cocriar futuros e vivenciar essa construção coletiva?
Um desafio que em função da complexidade, vai exigir a interseccionalidade de várias agendas e necessidades do comum. Essa emergência nos exige uma visão / presença ambivalente estando focados no presente e na semeadura de futuros mais inclusivos e regenerativos.
CELEBRAÇÃO FINAL
Prof Yunus possui uma capacidade ímpar de influenciar pessoas e moldar trajetórias de impacto através de seus livros, discursos, cases e reflexões profundas.
Na comemoração dos 10 anos de Yunus Negócios Sociais no Brasil, celebramos não apenas o legado institucional estabelecido, mas também as novas sementes plantadas para futuras transições. Essas sementes são nov@s agentes de mudança que servem para inspirar ainda mais pessoas e organizações e que estes também possam ser cuidados e celebrados em vida.
Aproveito o espaço para celebrar aqui cadeia de lideranças no Yunus Negócios Sociais Brasil e equipes ao longo dos anos, muito obrigado Rogério Oliveira, Taci Abreu, Victor Pucci e especialmente Túlio Notini que atualmente tem esse papel e que abriu o dia com uma fala inicial de generosidade extrema onde celebrava e valorizava o legado e a geração de valor compartilhado do Prof Yunus, que é de todos que já tivemos a honra de sermos inspirados pela sua jornada.
Como diz aquela música do Rappa: que nossa fé seja nosso jogo de cintura…
Sempre em frente